segunda-feira, 15 de junho de 2009

A autodestruição da social-democracia

O PS não está só. As eleições para o Parlamento Europeu foram marcadas pela acentuada erosão eleitoral da social -democracia europeia. A crise poderia ser uma oportunidade para a reforma igualitária das instituições do capitalismo em que este movimento político se havia especializado há algumas décadas atrás, mas em vez disso é acompanhada pelo seu esgotamento político numa União dominada pelas direitas e pela apatia política. A minha crónica pode ser lida no i.

6 comentários:

José Andrade disse...

Caro João Rodrigues, já pensou responder mais vezes ao director do seu jornal, o novel representante do liberalismo português, agora com ainda mais violência?

Mário Moniz disse...

Não sei em que é que o comentário de José Andrade contribui para este assunto.
Ou trata-se duma tentativa intimidatória, tipo ameaça velada? Será que já não se pode dizer o que se pensa?
A próxima etapa é a reintrodução do "lápis azul"?

JBilro disse...

O que disse João Rodrigues???...NADA.
Provou apenas que não conhece os papeis do Parlamento, da Comissão e do Conselho. Acredito que grande parte dos Portugueses também não os conheçam, mas a maioria dos cidadãos dos grandes Países conhece-os e não concorda com aquele "conflito generalizado", logo não concordando com esta organização Europeia, opta por não votar; admitindo haver outras razões como as suas políticas erradas ou a ausência de políticas.
Como fomos remetidos ao artigo do I, creio que J.R. se explique melhor.

CS disse...

Caro João,

Do ponto de vista da internacional socialista, eu julgo que a social democracia e o socialismo, bem como o trabalhismo são indistinguíveis. Que em Portugal o nome PSD tenha sido usurpado por um partido tendencialmente híbrido entre o conservador de direita populista e o liberalismo econónico, isso não faz, creio, conceptualmente do PSD um partido social democrata. Como diria o Saramago: é a coisa PSD. A social democracia estaria em Portugal, no PS, mas segundo julgo, até por um entrevista do David Harvey quando escreveu o livro, aquilo seria um versão soft de neoliberalismo, desde que abarcou a 3ª via. Não sei se o que salvou o PSD desta feita foi precisamente essa tecnocracia e indefinição ideológica....
Abraço,
Carlos

josé ricardo disse...

se me permite acrescentar um comentário ao comentário de carlos santos, penso que, num plano macro-político (que podemos transportar para a europa, tanto é social-democrata o PSD como o PS. aliás, não entendo muito bem por que razão é que, no parlamento europeu, estão separados (o PSD encaixaria bem no PSE e o contrário seria também verdadeiro). sempre pensei que, se o país tivrsse outras dimensões, PS e PSD seriam um só partido, com inclinações próprias no seu interior.
é também verdade que portugal, sendo o país que é, não deve ir a reboque. na verdade, o país parece ter medo de iniciativas. e se porventura vinhamos a ser uma espécie de contra-corrente numa Europa dominada por um neoliberalismo que (ainda?)não nos abandonou, então que sejamos. não há mal algum nisso. talvez sirvamos de exemplo para muito boa gente.

um abraço,
josé ricardo

F. Penim Redondo disse...

Aquilo que as eleições europeias realmente ensinaram foi que, apesar da crise ser atribuída aos mecanismos capitalistas, o povo votante não encontrou quaisquer propostas sérias para encaminhar a economia noutra direcção. Preferiu portanto encarregar os que lidam com o sistema de forma natural de repararem os danos.
Todos os que sonham com uma sociedade que produza e distribua noutros moldes deviam ter a humildade de reconhecer que não fizeram bem, ou não fizeram de todo, aquilo que lhes compete.