quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Porque não se acaba com o Estado fiscal de classe?

“Mas será possível encontrar outras fontes de receita que evitassem os cortes nos grandes montantes orçamentais da função pública, das despesas sociais e dos impostos indirectos que recaem sobre toda a população? A resposta é afirmativa. Os dados da DGCI mostram que a evasão e fraude fiscal esconde elevados montantes por tributar e que os sucessivos governos perderam década e meia para combatê-las. Cortar os meios de fuga poderia ter evitado grande parte do PEC anunciado, caso tivesse havido vontade para avançar por aí.”

João Ramos de Almeida. A austeridade assimétrica permanente não é inevitável.

5 comentários:

Anónimo disse...

Peço desculpa, mas vou lhe endereçar uma pergunta que nada tem a ver com o post.
Caso seja possivel esclarecer-me, gostaria de saber porque é que a Italia que tem um divida públicasuperior a Portugal - salvo erro de 115% - náo é atacada pelos "mercados" através do aumento dos juros da divida pública?

Obrigado

Cumprimentos

Anónimo disse...

Este artigo é um abrir de olhos a todos os economistas Dupond e Dupond. A verdade é que com estes números de evasão fiscal, É IMPOSSÍVEL GOVERNAR UM PAÍS.

Francisco disse...

Acho graça ao referencial de década e meia. Em termos fiscais, que é que mudou há 15 anos? Ou é só mais uma mensagem subliminar?

António Geraldo Dias disse...

O complexo estatal financeiro-fiscal é um dispositivo panóptico cujos mecanismos permitem agir sem ser visto e fazem dele o mais indisciplinado dos mecanismos disciplinadores.

José Luiz Sarmento disse...

Não há vontade de avançar por aí, nem em Portugal, nem nas mais altas instâncias (não-eleitas) da União Europeia.