segunda-feira, 16 de julho de 2012

Da fadiga

A ideia de um mercado autoregulável era utópica e o seu progresso foi obstruído pela autoprotecção realista da sociedade. 

Karl Polanyi

A “fadiga de ajustamento” para a qual o FMI vem uma vez mais alertar é uma das minhas expressões preferidas na economia política da austeridade e que naturalmente também faz parte do vocabulário de um Banco que não é de Portugal e que papagueia a sabedoria económica convencional de Washington ou Frankfurt. Diz que esta fadiga é contagiosa e tudo. Trata-se de começar a justificar o enésimo fracasso do ajustamento, responsabilizando os objectos de uma experiência que se lembram que podem ser sujeitos políticos. A sociopata Lagarde acha que a “fadiga grega” deve servir de aviso para Portugal. Fossem os gregos mais esforçados, tivessem a capacidade de viver sem acesso a cuidados de saúde ou sem empregos e de apoiar o programa responsável por isso, por exemplo, e tudo já estaria a correr pelo melhor. Mas não: preferem ficar cansados de austeridade e alguns até têm o topete de reagir colectivamente de forma mais ou menos espontânea, manifestando-se ou votando em número cada vez mais elevado em quem promete acabar com a pilhagem em curso, assim condicionando o tal ajustamento planeado. Definitivamente ainda não existem homens económicos novos à altura das utopias liberais...

2 comentários:

meirelesportuense disse...

E dizia hoje o "inteligente" -coberto de pó de arroz- que a solução para os 800 Mil desempregados -segundo os números públicos- está na Agricultura!...Segundo ele -que deve guardar bem dentro de si as teorias e as memórias da Guerra Colonial- é preciso abandonar "o ar condicionado" e ir para a mata!...Boa.
-38 anos depois parece que estou a ouvir o bronco do meu Comandante de Companhia!...

O Ministro da CIP transformado em Ministro da CAP!...

"Ferraz da Costa defende fim do subsídio de desemprego."
-Jornal.i-18 Dez 2011

Agora percebam porquê:

"Localizada em Canha, onde o Alentejo e o Ribatejo se encontram, a coudelaria do Monte Jogral desfruta de uma região rica em pastagens e florestação diversa.
A criação do cavalo Lusitano é aqui levada a cabo com o maior cuidado, procurando sempre a produção de animais morfológica e psíquicamente aptos à utilização desportiva e simultaneamente preservando o modelo da raça. Para tal, utilizamos algumas das melhores linhagens portuguesas juntamente com um sólido treino e tratamento cuidado levado a cabo por pessoal qualificado.
Iniciada em 1999 a coudelaria Monte Jogral conta já com um efectivo de 3 éguas em regime de semi-liberdade sendo elas a RUMBA de cor preta, ferro Marquês da Graciosa, filha de LADINO, neta de DITO e QUIMONO, a ODETE de cor ruça, ferro Barata Freixo, filha de NHOQUI e a PENEIRENTA de cor ruça, ferro Dr. Ferraz da Costa, filha de VIDRAÇO, neta de NOVILHEIRO.
Actualmente os garanhões utilizados são o GINETE, de cor ruça, ferro Barata Freixo, filho de ZICO, neto de NILO e o PEJO, de cor preta, ferro Ortigão Costa, filho de JUAZEIRO.
Em apenas três anos é já possível observar os excelentes resultados no cruzamento destas conhecidas linhagens através de alguns exemplares de tenra idade."

-Muitos dos desempregados poderão ir por 400 Euros, cuidar das "meninas" do doutor Ferraz da Costa...Entendido!

Danny disse...

As pessoas são uma chatice..