sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Nem a emigrarem, nem a sairem da «zona de conforto»

«A falar aos jornalistas no consulado-geral de Portugal em Paris, no fim de uma visita de trabalho a França, Pedro Passos Coelho esclareceu que "ninguém", no Governo, "aconselhou os portugueses a emigrarem".» (Jornal de Negócios, 17 de Janeiro de 2013).

Claro que não. Apenas há um ano atrás o primeiro-ministro «aconselhava os professores a «abandonarem a sua zona de conforto e a procurarem emprego noutro sítio»; o Dr. Miguel Relvas desafiava os jovens desempregados a «terem uma visão cosmopolita do mundo»; e Alexandre Mestre (secretário de Estado do Desporto e Juventude) sugeria à malta «sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras».

O que vale é que, há um mês atrás, preocupado com a quebra histórica da natalidade, Feliciano Barreiras Duarte (secretário de Estado Adjunto do Ministro-Adjunto), nos assegurou que o governo irá «olhar cada vez mais para a imigração como uma área prioritária ao nível das políticas públicas» (foi para isso, aliás, que a maioria de direita aprovou recentemente uma nova lei).

A gente é que já nem liga, não é?

4 comentários:

Unknown disse...

Resumindo:

-dá-se o dito pelo não dito...

Anónimo disse...

17 de Janeiro de 2013 :)

Nuno Serra disse...

Caro Anónimo, obrigado pelo reparo em relação à data, que já foi entretanto corrigida.

Nuno Serra disse...

Caro Anónimo, obrigado pelo reparo em relação à data, que já foi entretanto corrigida.