sexta-feira, 31 de março de 2017

Não mandamos aqui

“Não é claro que precisemos de aprovação parlamentar” para a venda do Novo Banco, disse Centeno ao Negócios esta semana. Eu bem sei que a integração europeia realmente existente foi feita para esvaziar as democracias nacionais, os parlamentos, mas convém não exagerar.

Na realidade da integração, quem manda não é o povo deste Estado, que só serve para canalizar recursos públicos em direcção à banca, mas sem a controlar. Bruxelas e Frankfurt, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, não pagam, mas mandam politicamente no que importa, deixando o governo a negociar na margem. E a lógica do seu mando é clara: impedir a expansão do pólo público, a melhor garantia a prazo de estabilidade e de controlo nacional sobre o bem público que é o crédito.

A CGD é obrigada a comportar-se como se fosse um privado, sendo agora sangrada nos mercados obrigacionistas para gáudio do rentismo financeiro. Razão tem Centeno quando reconhece, em entrevista ontem ao Público, que os mercados têm uma dimensão predatória. Pena é que não tenha grandes instrumentos para lhes fazer face, nem queira vir a tê-los.

Entretanto, o Estado acaba de entregar o Novo Banco a um fundo predatório, com algumas limitações temporárias à sua natureza especulativa, alardeadas para tentar ver se isto passa. Diz-se que o controlo público do Novo Banco oneraria mais os cofres públicos. No curto prazo, talvez. No médio e longo, que deveria ser o horizonte de um Estado estratego num sector estratégico, duvido. Enfim, tudo conspira para estreitar os horizontes.

Desde o Banif que temos vindo a perder uma enorme oportunidade para reforçar o pólo público na banca. Na realidade, os Estados sem instrumentos de política, sujeitos ao mando externo, não têm oportunidades para o desenvolvimento. Só recursos para entregar ao capital estrangeiro, que obviamente é quem faz as apostas ganhadoras. Isto significa a prazo mais instabilidade e mais dependência.

17 comentários:

Jose disse...

«...perder uma enorme oportunidade para reforçar o pólo público na banca.»

Era o que nos faltava!
Nem da CGD deram boa contas, havia que multiplicar oi desastre?

Jose disse...

A produtividade vista como tendo por causa única a qualidade/desempenho do trabalho?

Anónimo disse...

"Deram boa conta?"

Herr jose sofre de perda aguda de memória.
CGD , o banco do bloco central de interesses e placa giratória de boys com a chancela da UE e do neoliberalismo desbragado?

Herr jose que memória a sua.
Que pseudo-histerismo no "era o que nos faltava"?
Que interesses esconde tal pulsão?

Bora lá relembrar a memória dum assumido declamador das qualidades dos banqueiros e das suas actividades privadas

Anónimo disse...

Eis a montra do funcionamento da trampa do Capital

Os cargos na gestão do banco público serviram para distribuir lugares de acordo com prioridades que nada têm a ver com os interesses da CGD. Recuámos a 1989, à época da privatização da banca, da criação da União Económica e Monetária e das maiorias absolutas do PSD, com Cavaco Silva como primeiro ministro. Analisámos os dez mandatos que cobrem o período entre 1989 e 2015 e os números são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.

Mas uma análise caso a caso mostra outra realidade: a promiscuidade alastra-se ao regulador – o Banco de Portugal – e à banca privada. O que têm em comum Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé? Todos eles foram presidir a bancos privados depois de saíram da Caixa. Na verdade, os três primeiros ainda estão à frente do Santander Totta, do BIC, e do BCP, respectivamente.

Os conselhos de administração da Caixa Geral de Depósitos foram, ao longo dos últimos anos, território ocupado por gente próxima do poder político e económico, que muitas vezes se confundem. Na verdade, a actual composição dos órgãos sociais da Caixa não mostra qualquer ruptura com este passado, pelo contrário. Paulo Mota Pinto, ex-deputado e dirigente do PSD, preside à Assembleia Geral. Rui Vilar, o primeiro presidente do período que abordamos, é vice-presidente do conselho de administração.António Domingues, e metade da comissão executiva vieram directamente do BPI para o banco público.

Anónimo disse...

1989-1993

O primeiro mandato de Rui Vilar é também o primeiro em que se impõe o acordo entre o PS e o PSD de divisão das presidências da Caixa e do Banco de Portugal. É o próprio que assume. São os anos em que o governo de Cavaco Silva promove privatizações, nomeadamente no sector financeiro. É neste período que o BPI adquire o Fonsecas & Burnay, metade do Totta & Açores vai para os espanhóis da Banesto e o grupo Mello recupera o seu banco.

Rui Vilar- Presidente
Integrou os primeiros governos provisórios, após o 25 de Abril, sendo eleito deputado pelo Partido Socialista e nomeado ministro dos Transportes e Comunicação do primeiro governo de Mário Soares. Foi vice-governador do Banco de Portugal (1978-1985) e presidente do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985). Depois da passagem pela CGD, presidiu à Galp (2001-2002), à Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012) e à REN (2012-2014).

Fazem parte do CA:
António Vieira Monteiro- PSD
Integrou a direcção do Banco Português do Atlântico (1970-1974), do Crédito Predial Português (1974-1984) e do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985-1989). É administrador do Santander Totta desde 2000 e presidente da sucursal portuguesa do banco espanhol desde 2012

José Falcão e Cunha- PSD
Sai da CGD para integrar o último de governo de Cavaco Silva, em que assumiu a pasta do Emprego e Segurança Social. Foi deputado até 1999 e secretário-geral do PSD entre 1990 e 1992, cargo em que sucedeu a Dias Loureiro.

Carlos Tavares - PSD
Foi secretário de Estado do Tesouro da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva e ministro da Economia de Durão Barroso. Entrou na CGD depois de uma breve passagem pela administração do Banco Português do Atlântico, tendo depois exercido cargos no BCP, no Totta & Açores, no Pinto & Sotto Mayor, no Crédito Predial Português e no Santander. É presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) desde 2005.

Anónimo disse...

1993-1995

É no início deste mandato que a Caixa passa a ser uma sociedade anónima de capitais integralmente públicos. A divisão partidária da administração da CGD alarga-se aos vice-presidentes, com o PSD de Cavaco Silva a colocar os seus na cúpula do banco. O ano de 1995 é marcado pela recuperação do Pinto & Sotto Mayor por Champalimaud, a que juntaria o Totta e o Crédito Predial Português.

António Vieira Monteiro e Carlos Tavares ocupam as vice-presidências - ambos do PSD, claro

1996-1999

Com a mudança de governo, Rui Vilar impõe o respeito pelo acordo de alternância e dá o lugar a João Salgueiro. As alterações no sector financeiro prosseguem, com a adesão de Portugal ao euro. A Caixa vê-se envolvida na compra do grupo Champalimaud pelos espanhóis do Santander, comprando todo o grupo mas mantendo apenas a seguradora Fidelidade, passando o Totta e o Crédito Predial para o Santander, e o Pinto & Sotto Mayor para o BCP.

Presidente: João Salgueiro PSD
A sua primeira passagem pelo governo dá-se durante o regime fascista, como subsecretário de Estado do Planeamento (1969-1971). Foi vice-governador do Banco de Portugal (1974-1975), ministro das Finanças da AD (1981-1983) e deputado do PSD até 1985. Foi presidente da Associação Portuguesa de Bancos e vice-presidente do Conselho Económico e Social.

Vice-presidentes: Alexandre Vaz Pinto e António Vieira Monteiro- PSD
Alexandre Vaz Pinto
Foi ministro do Comércio e Turismo da AD (1981) e vice-governador do Banco de Portugal (1983-1986). Antes de entrar para a CGD foi presidente (1986-1991) e vice-presidente (1992-1996) do Banco Espírito Santo, antes e depois da sua privatização.

Da sua cúpula faz parte Almerindo Marques PS
Foi secretário de Estado da Administração Escolar (1976-1978) e deputado do PS (1983-1985). Integrou a administração do Banco Espírito Santo (1976-1986), foi presidente do Fonsecas & Burnay (1986-1989) e director do Barclays Portugal (1989-1997). Depois de se aposentar da CGD foi presidir à RTP (2002-2007) e à Estradas de portugal (2007-2011), de onde saiu para administrador da construtora Opway, do Grupo Espírito Santo, tendo comprado essa empresa em 2015.

Anónimo disse...

2000-2004

O novo milénio traz consigo o alastrar da influência do PS e do PSD a todo o Conselho de Administração: passa a ser difícil encontrar um vogal que não tenha perfil partidário. Acabado o longo processo de privatizações na banca, a Caixa passa a ser o único banco público em Portugal. São os anos da chegada ao governo de duas figuras que marcariam, pelas piores razões, mais de uma década em Portugal e na União Europeia: Durão Barroso e Paulo Portas.

Presidente António de Sousa- PSD
Foi secretário de Estado em ambas as maioria absolutas de Cavaco Silva, com várias pastas. Preparou a adesão ao euro como governador do Banco de Portugal (1994-2000). Depois de sair da CGD, integrou a administração da Brisa e European Advisory Board do JP Morgan Chase.

Vice presidentes: Oliveira Cruz ( PS) Mira Amaral (PSD)

Oliveira Cruz
Passou pelo Fonsecas & Burnay no início da década de 1970, de onde saiu para o Gabinete da Área de Sines. Foi secretário de Estado do primeiro governo de Mário Soares (1976-1978) e passou pelo Pinto & Sotto Mayor antes de entrar para a administração da CGD (1984-1989). Foi administrador do Banco de Portugal entre 1996 e o regresso ao banco público.

Mira Amaral:
Ministro de todos os governos de Cavaco Silva, foi eleito deputado pelo PSD em 1995. Antes de chegar à Caixa, foi administrador do BPI (1998-2002). Em Setembro de 2002 passa à situação de aposentação, o que não impediu que tenha passado pela EDP, a Unicer, a Cimpor, a
Vista Alegre e a Repsol. Foi presidente do BIC, comprador do BPN após a sua nacionalização, entre 2007 e 2016

Entre os vogais:

Miguel Athayde Marques PSD
É administrador da Galp desde 2012. Dirigiu a Bolsa de Valores de Lisboa (2005-2010) e tem passagens pelos conselhos de administração da Jerónimo Martins e da Brisa

José Ramalho PSD
Fez carreira no Banco de Portugal antes de ingressar na administração da CGD. Manteve cargos de administração em empresas participadas pelo banco público, nomeadamente no ramo segurador, na banco de investimento e nas sucursais em França e no Luxemburgo até 2011. É, desde então, vice-governador do Banco de Portugal.

Vitor Fernandes PS


Maldonado Gonelha PS
Foi ministro em todos os governos de Mário Soares e deputado do PS (1976-1987). Passou pela administração de várias empresas entretanto privatizadas depois da última experiência governativa, na Petrogal (1986-1988), na Quimigal (1989-1993) e na Covina (1992-1993).

Carlos Costa PSD
Apesar de nunca ter sido eleito para cargos públicos, ocupou cargos de destaque na União Europeia desde a adesão de Portugal, em 1986. Foi membro do Comité de Política Económica, da Representação Permanente de Portugal e membro das delegações portuguesas aos conselhos europeus até 1992. Foi ainda chefe de gabinete do comissário europeu João de Deus Pinheiro, nomeado pelo PSD (1993-1999). É governador do Banco de Portugal desde 2010, tendo acompanhado a queda do BES e do Banif.

Luís Alves Monteiro PSD
Trabalhou no BPI, no Borges & Irmão, no Fonsecas & Burnay, no Banco de Fomento Nacional e no Banco de Fomento Exterior, ocupando cargos de chefia. Foi secretário de Estado da Indústria de Cavaco Silva (1989-1995

Anónimo disse...

2004-2005

Com a saída da anterior administração, regressa a divisão entre o PSD e o PS no topo da CGD, mas o destaque vai para a entrada do CDS-PP na divisão dos cargos sociais no banco. Celeste Cardona sai do Ministério das Finanças directamente para a administração da Caixa.

Presidente: Vitor Martins PSD
Participou em todo o processo de integração de Portugal na CEE e foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus em todos os governos de Cavaco Silva (1985-1995). Coordenou as negociações dos pacotes Delors I e II, do mercado único europeu e do Tratado de Maastricht. Foi presidente da Jazztel Portugal (1999-2002) e administrador da EDP (2003-2004), antes da entrada para a presidência da CGD.

Vice-presidentes: Maldonado Gonelha PS e João Freixa

João Freixa
Entrou no sector financeira como auditor na Price Waterhouse & Co., saltando para o Barclays em 1985, onde chefiou a sucursal portuguesa (1997-2002). Antes da entrada para a CGD, foi presidente da Bolsa de Valores de Lisboa. Em 2006 ingressou na administração do Banco Espírito Santo, onde se manteve durante o colapso do banco, saindo apenas em Setembro de 2014, já do Novo Banco.

Entre os seus vogais:

José Ramalho PSD

Vitor Fernandes PS

Luís Alves Monteiro PSD
Trabalhou no BPI, no Borges & Irmão, no Fonsecas & Burnay, no Banco de Fomento Nacional e no Banco de Fomento Exterior, ocupando cargos de chefia. Foi secretário de Estado da Indústria de Cavaco Silva (1989-1995).

Carlos Costa PSD

Celeste Cardona CDS/PP
Foi deputada no Parlamento Europeu entre 1997 e 1999, e na Assembleia da República até 2002, sempre eleita pelo CDS-PP. É nesse ano que chega a ministra da Justiça, de onde sai directamente para a administração da CGD. Depois de se aposentar em 2008, integra os órgãos de sociais da EDP, a partir da última fase de privatização, em 2012.

Norberto Rosa PSD
Ocupou o cargo de secretário de Estado do Orçamento em dois governo (1993-1995 e 2002-2004), sempre indicado pelo PSD. Pelo meio foi director do Banco de Portugal. Enquanto administrador da CGD, presidiu ao BPN depois da nacionalização, acompanhando o processo de entrega ao BIC.

Anónimo disse...

2005-2007

Muda o governo e a administração da Caixa, e o PS passa a ocupar a presidência e a vice-presidência. Mas a divisão pelos três partidos que se vão sucedendo no governo não cessa. Esta é a administração que, em 2008, se mudou de armas e bagagens para o BCP.

Presidente: Carlos Santos Ferreira PS
Eleito deputado pelo PS em 1976, vai para a gerência da ANA no ano seguinte. A partir de 1992, ocupa lugares de destaque no grupo Champalimaud, seja na Mundial Confiança, seja no Pinto & Sotto Mayor. Em 1999 salta para o grupo BCP e para a Estroril-Sol, de onde sai em 2005 para presidir à CGD. Sai directamente para a presidência do BCP, cargo que ainda ocupa, levando consigo Armando Vara e Víctor Fernandes.

Vice-presidente: Maldonado Gonelha PS

Todos os vogais têm ligações partidárias:
Francisco Bandeira PS ; José Ramalho PSD ; Celeste Cardona CDS ; Norberto Rosa PSD ;
Armando Vara PS ; Vitor Fernandes PS ; Carlos Costa PSD

2008-2011

A polémica saída do presidente e de dois administradores para o BCP ditaram a alteração no conselho de administração. Faria de Oliveira, ainda hoje presidente da Associação Portuguesa de Bancos, entra e faz regressar a presidência do banco a uma figura do PSD. Os três anos são marcados pelo início da crise financeira e económica mundial.

Presidente: Faria de Oliveira PSD
Foi secretário de Estado em várias pastas e em todos os períodos em que o PSD esteve no governo, durante toda a década de 1980. É promovido a ministro do Comércio e Turismo (1990-1995), sendo eleito deputado pelo PSD nesse ano. É, desde 2012, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

Vice-Presidente: Francisco Bandeira PS

Entre os vogais: Norberto Rosa PSD ;Rudolfo Lavrador PS; Araújo e Silva PS; Jorge Tomé PS

Anónimo disse...

2011-2013

O modelo de gestão da CGD é alterado pelo governo do PSD e do CDS-PP, este último que volta a ter um representante na administração da Caixa. O banco passa a ter uma comissão executiva, onde reside o poder, e que é presidida por José de Matos, com Nogueira Leite e Norberto Rosa como vice-presidentes. Em 2012, o governo aprova um plano de recapitalização, com a entrada de 900 milhões de euros em «instrumentos financeiros híbridos».

Presidente: Faria de Oliveira PSD

Vice-presidente: José de Matos PSD
Técnico do Banco de Portugal desde 1979, chegou a vice-governador em 2002, sendo o
substituto de Vítor Constâncio nas reuniões do Conselho de Governadores do BCE e no FMI.

Entre os vogais:
António Nogueira Leite PSD
Depois de ocupar cargos em empresas, chegou a presidente da Bolsa de Valores de Lisboa em 1999, de onde saiu no mesmo ano. Foi nomeado secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do segundo governo de Guterres até 2000, quando entrou para o Grupo Mello, onde administrou várias empresas. Nos três anos anteriores à entrada na CGD foi membro do Conselho Nacional do PSD. Em Junho de 2011 participou no encontro do Clube de Bilderberg.

Norberto Rosa PSD

Cabral dos Santos PSD

Rudolfo Lavrador PS

Nuno Fernandes Thomaz CDS
Fundou a consultora financeira ASK, que geriu até à entrada para a CGD. Foi secretário de Estado dos Assuntos do Mar de Paulo Portas (2004-2005), dirigente nacional do CDS-PP e cabeça de lista por Santarém nas legislativas de 2005.

Álvaro Nascimento PSD
Fez carreira no BPI e na Faculdade de Economia da Universidade Católica do Porto. Foi conselheiro de David Justino no Ministério da Educação. Enquanto esteve no conselho de administração da CGD, acumulou os cargos com um lugar nos órgãos sociais da Unicer.


2013-2015

Faria de Oliveira dá o lugar a Álvaro Nascimento, mas a comissão executiva continua a ser presidida por José de Matos. O CDS-PP sobe na hierarquia, com Nuno Fernandes Thomaz a ser nomeado vice-presidente da comissão executiva. Prossegue o plano de reestruturação, que leva à saída de milhares de trabalhadores e à redução da presença em Espanha.

Presidente: Álvaro Nascimento PSD

Vice-Presidente: José de Matos PSD

Anónimo disse...

Os dados são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.

Mas uma análise caso a caso mostra outra realidade: a promiscuidade alastra-se ao regulador – o Banco de Portugal – e à banca privada. O que têm em comum Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé? Todos eles foram presidir a bancos privados depois de saíram da Caixa. Na verdade, os três primeiros ainda estão à frente do Santander Totta, do BIC, e do BCP, respectivamente.

Estes são os ilustres representantes daquilo que um comensal apelidava de multiplicadores do desastre. Curiosamente tal personagem tem vários hinos dedicados aos altos feitos dos banqueiros. Curiosamente ficou aqui com a careca lustrosa à mostra.

Esta é uma política de classe, com intuitos claros de beneficiar o grande poder económico. A face invisível de quem mandou e de quem manda. Curiosamente ( ou talvez não) parceiros, comensais, amantes e amados de quem anda nisto para esconder precisamente isto, soltando fanados "Era o que nos faltava!" para ver se passa.

E para esconder os casos do BPN, Banif, BES; Novo Banco...

E para esconder a servilidade a Bruxelas e Frankfurt, à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu. Tanto que às vezes se distrai e dá ordens e berra em alemão.

Anónimo disse...

"A produtividade vista como tendo por causa única a qualidade/desempenho do trabalho?"

Curioso também como este registo não se adequa ao registo do post de João Rodrigues.

Porque será?

Pela pressa de ?
Pelo desnorte?
Pela tentativa de encenação das cenas que encenava como perito-patrão?

Porque será?

Unknown disse...

Os países que produzem o que gastam nao precisam de cumprir as ordens de ninguém. Esta e uma mentira de repetida ate os proprios acreditam no lero lero. .
Os vários mil milhoes enterrados na CGD ainda nao chegam para que os tudologos percebam que banca diferente e do estado e banca de prejuízo para o povo. Basta ver alem de Portugal o que demagogo Varoufakis fez na Grecia ou o xuxialista Maduro esta a fazer na Venezuela para nao haver dividas que devemos fugir de pastorinhos dos amanhas que cantam.

Anónimo disse...

Sabe ler Cristovão? Sabe contar? Então veja quem dá prejuízo ao Estado e ao país.

Aqui como em qualquer sítio por esse mundo fora.

Anónimo disse...

Temos assim o Antonio Cristóvão a incitar que fujam dele, um estimado pastorinho dos amanhãs que cantam em nome da União Europeia.
Está certo. Ele também não verá em nome das suas certezas lerolero que a promiscuidade entre os banqueiros privados, o regulador e os nomeados pelo poder varia na razão directa da promiscuidade entre os interesses económicos e os dos partidos do poder.
Ou seja, parece que o paraíso prometido pelos demagogos é afinal uma treta, uma grande treta. Menos para quem ganha com isto tudo. Ide lá perguntar aos banqueiros privados que se encavalitam na CGD e no Banco de Portugal.

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com a sua análise. Cada vez mais nos tornamos uns lúcidos dependentes. Até ver, como dizia um canção do Sérgio Godinho.
Temos de rever as quotas da agricultura, pescas e outras atividades que nos garantam autonomia. Só a hospedagem é pouco.

Anónimo disse...

A solução que foi dada para o novo banco demonstra que quem manda na economia portuguesa é a Eurocracia de Bruxelas. O banco é vendido de forma apressada a um Fundo Norte americano que se desconhece a sua capacidade de gestão bancária e em condições que tudo indica sejam altamente desvantajosas para o vendedor, isto é , o Estado português.