quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Anedotas e tragédias

O «Tratado de Lisboa reforça a dimensão social da UE, sendo puramente anedótico acusá-lo de reforçar o 'neoliberalismo'». Tem razão Vital Moreira. Como assinala o euromemorandum, o Tratado apenas se «limita» a manter o enquadramento neoliberal que, desde o final dos anos oitenta, orienta as grande opções políticas da União Europeia. Não é uma carta de direitos absolutamente vazia do ponto de vista socioeconómico e umas referências vagas à «economia social de mercado» que vão travar a concorrência fiscal, a ortodoxia económica imposta pelo BCE e pela Comissão e a extensão do principio do mercado interno a esferas crescentes da vida social. A CGTP revela por isso grande lucidez política ao denunciar este tratado. É que a tragédia da «flexexploração» segue dentro de momentos.

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