quarta-feira, 16 de abril de 2008

A precariedade desqualifica

O Banco de Portugal (BP) veio hoje reconhecer que a precariedade nunca foi tão elevada em Portugal e que há um recurso excessivo aos contratos a termo. As consequências são perversas porque a precariedade «afecta negativamente as decisões de investimento em formação e educação por parte das empresas e dos trabalhadores». O BP diz mais: «esta situação é mais grave dado afectar os mais jovens e, portanto, aqueles com maior propensão a investir em educação e formação» (Rui Peres Jorge no Jornal de Negócios). É por estas e por outras que é imprescindível limitar o alcance e a duração destas formas contratuais. Um ano no máximo. Nem mais um dia.

1 comentário:

Anónimo disse...

«A precariedade afecta negativamente as decisões de investimento em formação e educação por parte das empresas e dos trabalhadores»

Quase não acredito ter sido o BP a proferir esta afirmação! Mmmm… De facto, sentimos todos que a formação tem deixado de constituir uma prioridade. Se já é assim no emprego mais estável, o que será então naquele precário…

A ideia do “trabalhador descartável” não motiva ninguém para evoluir numa determinada área e num determinado momento, acabando por se tornar uma menos valia.
Precariedade não! Terão que haver contratos transparentes, mesmo que sejam com uma duração pré-determinada, com cláusulas de rescisão, se for caso disso. E o primeiro que deveria dar o exemplo é o Estado, que não o faz, pautando-se também pela esperteza saloia. A caminho da barbárie?