segunda-feira, 1 de junho de 2009

O paradoxo europeu

Um por cento. Esta é a melhor medida do esgotamento da União Europeia depois de duas décadas de engenharia neoliberal. O orçamento da UE anda perto de um por cento do seu PIB. O somatório dos estímulos orçamentais nacionais para fazer face à crise não chegará, em 2009, a este valor. Entretanto, o desemprego não pára de crescer. A fraqueza da resposta política à crise e a força da desregulamentação do mercado de trabalho, que as instituições europeias não se cansaram de promover, garantem o desastre. O resto pode ser lido no i.

4 comentários:

Bonnie disse...

Talvez fosse melhor não haver UE, não é?

CS disse...

João,

O Miguel Botelho Moniz propôs-se desmontar o seu artigo com a prosápia neoliberal randiana do costume. Deixei-lhe aqui a minha resposta à falácia dos argumentos dele: http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/06/fraca-tentativa-neoliberal-de-mbmoniz.html

Anónimo disse...

«[sobre o desemprego]estamos perante uma progressão que eu diria que é galopante e uma das razões é porque a União Europeia não tem uma política económica comum, tem apenas uma política monetária» (Miguel Portas, 2009)


Então a Política Agrícola Comum, a Política Comum de Pescas, a pauta aduaneira comum, o Pacto de Estabilidade e Crescimento mais o método de coordenação aberta e as imposições sobre as políticas orçamentais, a política regional e os Quadros de Referência (actual QREN), a par da política monetária não fazem parte de uma política económica comum? A União Europeia não é uma União Económica (à luz das teorias sobre integração económica)?

De qualquer forma e admitindo um pontapé na gramática (na teoria económica mais ou menos convencional) o BE ou o Miguel Portas defendem o federalismo europeu? Estará o Miguel Portas a falar de uma política orçamental federal? Reconheço que esta afirmação deixou-me espantado (mas não totalmente surpreendido).

Mais depressa se apanha um coxo que um mentiroso. Sábia cultura, a popular...

Ricardo Oliveira

Anónimo disse...

«mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo».

Desculpem am inha dislexia

Ricardo Oliveira