segunda-feira, 8 de outubro de 2012

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Para os leitores do Le Monde diplomatique, este falhanço da receita da austeridade não tem nada de imprevisível – muito mais imprevisível era saber que ponto de saturação poderia trazer o regresso do povo, como sujeito histórico. Também não confundem o falhanço das políticas de austeridade (a inadequação dos resultados destas políticas aos seus objectivos enunciados) com o fracasso do «regime austeritário» (que seria a inadequação dos resultados aos verdadeiros propósitos desta política imposta à escala europeia).

Sandra Monteiro relembra a importância de um jornal, onde há vários anos se critica a austeridade e se apontam caminhos alternativos, num contexto de mobilização popular. Excelente exemplo dessa atitude é o artigo do Alexandre Abreu este mês sobre o que se segue a esse acto imprescindível de soberania democrática que é a denúncia do memorando, em linha com o seu contributo escrito para o congresso democrático das alternativas.

1 comentário:

Natália disse...

O FMI vem agora dizer que quer os governos,neste caso o de Portugal e o próprio FMI, subestimaram muito o efeito multiplicador das medidas recessivas.( Até no quiosque dos jornais as pessoas diziam umas para as outras : Os que ganhavam um bocadinho melhor compravam coisas que agora já não compram e como eles já não compram as lojas fecham e há mais desempregados,menos impostos etc.) Ou seja as pessoas pressentiam o efeito multiplicador poderoso destas medidas recessivas. Eu pergunto : Que modelo eles usavam ou usam? Alguém sabe?