quarta-feira, 15 de março de 2017

Da coerência, em João Miguel Tavares


Ainda a propósito da nomeação de Francisco Louçã para o Conselho Consultivo do Banco de Portugal, vale a pena relembrar o número de circo que João Miguel Tavares montou na altura, considerando inadmissível que um crítico do eurosistema, e defensor da saída de Portugal do euro, pudesse ter assento naquele órgão do BdP. Por quê? Porque «o Banco de Portugal faz parte do Eurosistema, e o Eurosistema tem como objectivo primordial definir e executar a política monetária do euro».

Se João Miguel Tavares se levasse a sério, como exige aos outros, deveria então indignar-se também com a possibilidade de o PSD e o CDS/PP chegarem ao poder. Por quê? Porque os Governos estão obrigados a respeitar e cumprir a Constituição, e não, como fez a maioria PAF, a governar contra ela.

12 comentários:

Anónimo disse...

Sem espinhas

Anónimo disse...

jmt é um tolinho que tem muito poleiro porque tece loas ao neoliberalismo e odeia a esquerda.

Anónimo disse...

«Por quê? Porque os Governos estão obrigados a respeitar e cumprir a Constituição, e não, como fez a maioria PAF, a governar contra ela».
E´ certo que a PAF nunca mais deveria ser governo neste país, ela foi um desastre para o povo português. Mas mal me pergunto, que constituição da republica e´ esta que tem como capital Bruxelas, banco central em Colonia ou tribunal Estrasburgo e comando direto em Berlim? Nos idos de 80 os senhores da política neoliberal PS, PSD + CDS fizeram um trespasse ruinoso da soberania portuguesa deixando Portugal e os portugueses entregues ao sub-imperio germânico. A´ laia de conclusão – deixaram-nos a falar sozinhos.
Os de hoje confundem as regras ditadas a Norte com a constituição de 76 a Sul, infelizmente já revista e esventrada do seu conteúdo progressista. de Adelino Silva

Anónimo disse...

João Tavares quer voltar ao tempo em que era obrigatório declaraçao assinada de ausência de qualquer vírus de esquerda.

Mais. De comprovada adesão ao ideário neoliberal. E se com cunha de Nelmiro tem lugar assegurado em coluna de jornal.

Mas lugar assegurado só mesmo depois dum estágio junto do eurosistema. Com declaraçao de ter andado com herr Schauble ao colo


Anónimo disse...

É a mesma lógica dos que defendem que alguém de esquerda não pode comprar acções e que no limite deve guardar o dinheiro debaixo do colchão e fazer troas directas. É uma maneira de limitar quem é de esquerda e vive num sistema capitalista a jogar a vida apenas com uma parte das possibilidades dos outros.

Anónimo disse...


Esta coisa da «coerência» de um qualquer cidadão e seja qual for, nunca poderá equiparar-se a «constância» em tempo algum, mais tratando-se de um opinador.
Como e´ vulgo dizer-se, o jornalismo (Média) tende a tornar-se - o 4º Poder - mas o jornalista não passa de um serventual de ocasião. Daí as incoerências e abstrações do opinador. Ele só pode ser coerente com a entidade que o emprega, que lhe paga as “bizarrias” se for caso disso.
Talvez seja esse o caso do João Miguel Tavares que se presta a tais “incoerências” inibidoras da verdade. Por mim não vejo mal ao mundo. Já as pessoas e partidos políticos que se dizem de esquerda, me deixam relutante em aceitar suas incoerências gravosas para a Democracia que se quer. Não se deve servir a deus e diabo ao mesmo tempo. de Adelino Silva

Jose disse...

Essa da Constituição não lembra ao Camões!
Se existe um TC com uma carga de gente a comer do orçamento,. e não pouco, é porque não é tão claro assim o que seja a Constituição.

Jaime Santos disse...

Antes de se colocar a questão da coerência, coloca-se a questão de se perceber porque carga de água é que num órgão consultivo não pode ter assento um euro-cético. Se Louçã tivesse que tomar decisões contra as suas convicções o problema ainda poderia ser colocado, mas mesmo assim, qualquer dirigente de um Partido Democrático já deve ter tido que defender e pôr em prática pontos de vista com os quais não concorda, submetendo-se à vontade da maioria, pelo que mesmo nessa situação hipotética, Louçã poderia ser nomeado (se estivesse disposto a exercer funções sem reserva mental). E depois, não faz mal nenhum a Carlos Costa ouvir o que não gosta. Um dos problemas dos órgãos diretivos das instituições financeiras é precisamente o facto de atuarem como caixas de ressonância da ideologia do momento... Assim, o argumento de Tavares não tem mesmo pés nem cabeça (é um convite à supressão de opiniões dissonantes) e nem vale a pena perder tempo a atacar a coerência do seu mensageiro. Fossem Passos Coelho e Portas legalistas implacáveis e o argumento continuaria a valer zero...

Geringonço disse...

O "euro-sistema" dá tacho ao betinho João Miguel Tavares...

O que o João Miguel Tavares tem que fazer é seguir os conselhos do seu guia espiritual neoliberal Passos Parasita Coelho, deixar de ser piegas e sair da zona de conforto!

Anónimo disse...

Pelos vistos agora os encargos com o Tribunal Constitucional servem de argumento contra a Constituição da República Portuguesa?

A que descalabro argumentativo chegaram estes pimpões?

Anónimo disse...

Este ódio à Constituição que lhe morde a pele hein herr jose?

E está preocupado com a "carga de gente a comer do orçamento? Do tribunal constitucional?

Mas herr jose, perante o exposto pelo João Ramos de Almeida no seu último trabalho aqui no LdB, o herr alegou "náuseas e revoltas" para se alhear do conteúdo da posta. Posta que diz preto no branco o que é um verdadeiro saque ao orçamento.

Temos assim uma ideia da desfaçatez dos ódios do herr que extravasam perante realidades democráticas.

E dos métodos usados pela cambada, indo ao encontro dos sound-bytes utilizados pela extrema-direita:
Os "gastos" com que ocultam gastos muitíssimo maiores e se tenta calar instituições democráticas.

(Quanto ao pobre Camões,ele é pau para toda a obra.Já estará habituado a ser usado para as coisas mais sinistras e pelos tipos etc e tal.
Foi-o durante pelo menos 48 anos)

Anónimo disse...

Como poderia o João Miguel Tavares ter outra versão da vida se os interesses de quem lhe paga e os seus próprios interesses de classe se sobrepõem aos interesses gerais? Há que ponderar a crise terrível que a partir de 2007 se abateu sobre o mundo capitalista, em especial a nossa crise sistémica que já não trata da saúde da economia, mas trata sim, do esbulho dessa mesma economia. Daí a necessidade de falsos opinadores.
A “camuflagem” que a social-democracia e alguns partidos mais a´ esquerda pretendem não passa de gato-escondido com o rabo de fora.
Terão desculpa por ainda não terem visto que o padre promete o reino dos céus aqueles que na verdade nos roubam, os Fariseus? de Adelino Silva